Número 2 do PCC estava escondido em Itapema

Já conhecido no mundo do crime, o traficante internacional foi preso na manhã desta terça-feira (16), em uma chácara. No local, diversos documentos indicando a compra de imóveis, embarcações e aeronaves foram encontrados.

Número 2 do PCC estava escondido em Itapema

Divulgação

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Uma operação da Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina fez a prisão de um criminoso de alta periculosidade em Itapema nesta terça-feira (16). 

 Denominada de Operação Legado cumpriu um mandado de prisão e quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Itapema e Tijucas, O alvo foi o narcotraficante Gilmar Flores. De acordo com a PM, o criminoso é um dos chefes de uma das facções de maior periculosidade no país: o PCC.

O homem já tem diversas passagens pela polícia e foi preso a primeira vez em 1999. Em 2013, foi preso em uma grande operação da Polícia Federal, que flagrou um avião carregado com quase meia tonelada de pasta base de cocaína, em Bocaina, São Paulo. "Flores", como é conhecido, foi responsável pelo assassinato do Policial Federal Fábio Ricardo Paiva Luciano, que atuava na operação. 

Ele estava preso até dezembro de 2021, para cumprimento de uma pena decorrente de condenação definitiva como líder da organização criminosa, mas, foi colocado em liberdade por equívoco da justiça. Desde que foi liberado da prisão, Gilmar não tinha registro nenhum de trabalho, passando a executar atos de lavagens de dinheiro, como aquisição de imóveis, aeronaves e embarcações, fazendo uso, inclusive, de uma empresa, criada pelo próprio em 2014, ano de sua prisão, para administração de bens.

O preso foi colocado em liberdade por equívoco, já que fora desconsiderado outro mandado de prisão expedido em seu desfavor, o qual foi hoje cumprido.

Os mandados de busca e outras medidas deferidas judicialmente, como quebras de sigilo fiscal, bancário e telemático, visam exatamente a busca de mais provas da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e também da possível manutenção da atuação do preso como líder de organização criminosa voltada ao tráfico de drogas.

O nome da operação decorre do fato de seu envolvimento na morte de policial federal que atuou na investigação que levou a sua prisão e condenação.

Na época, o referido policial foi morto pelo bandido numa troca de tiros. O PF foi atingido por disparos de fuzil no momento em que agentes interceptaram um avião carregado com cocaína.

Este homicídio motivou o mandado de prisão em aberto em seu desfavor, cujas diligências para seu cumprimento levaram à descoberta do crime de lavagem de dinheiro e da possível ininterrupta atuação no tráfico de drogas, mesmo durante o período em que permaneceu encarcerado.

Durante a operação foram apreendidas 03 armas de fogo, documentos e veículos.

A operação contou com equipes do 31° Batalhão e do 12 Batalhão. A operação envolveu cerca 30 polícias.